Além de artigos domésticos, levávamos caixas cheias de galinhas e pombas e até mesmo um enxame de abelhas. Para um homem que já residia em Porto Feliz levávamos um cavalo de montaria e desta maneira um de nós sempre pôde cavalgar, enquanto um andava na carreta os outros três se revezavam andando a pé.
O primeiro dia de viagem nos levopu até os Knorr, onde papai ainda abençoou um enlace matrimonial, o ultimo culto religioso por ele presidido em Neu-Wirttenberg. Então seguíamos pelo campo de Palmeira a caminho das margens do Uruguai. Quando hoje, após mais de cinqüenta anos, recordo esta jornada, ainda me admiro que realmente chegamos a Porto Feliz. Sem nenhuma experiência em viagens desta natureza, viajamos alegres pelo campo, confiantes que não houvesse chuva, pois ninguém pensava em levar uma barraca ou ponchos impermeáveis.
Após o quarto dia de viagem realmente chegamos com boa saúde ao Rio da Várzea, no local onde hoje se encontra a ponte velha. Durante todo o trajeto praticamente não encontramos nenhuma pessoa, sendo Palmeira a unica vila pela qual passamos. A atual cidade de Seberi, consistia numa única casa, uma espécie de hotel. Lá terminava o campo e então penetramos na mata que se estendia numa faixa de 40 Km. até a margem do Uruguai.
Chegados ao Rio da Várzea, ali permaneceram meus dois irmãos e o acompanhante à espera do caminhão da Empresa que semanalmente chegava com uma carga de imigrantes, os quais eram transladados para uma grande canoa na qual desciam o Rio da Várzea e o Uruguai até Porto Feliz. (ontinuação segue)
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