quinta-feira, 23 de maio de 2013

DIZIMO, CONTRIBUIÇÂO RELIGIOSA

     Por muito tempo, o povo de Israel contribuiu com 10% de seus rendimentos a serviço de Deus. Hoje em dia, ainda há determinadas igrejas que cobram o Dizimo de seus fiéis, alegando tratar-se de um "Mandamento Bíblico". Por  outro lado, há igrejas como a IECLB, que pedem que seus membros contribuam com valor significativamente menor, porém o suficiente para a manutenção das atividades de suas paróquias e comunidades.   Por que isto acontece?
     É interessante voltarmos aos tempos do Antigo Testamento, quando o dízimo foi criado e onde era praticado.
Segundo a nossa Escritura Sagrada (a bíblia), o povo de Israel descende dos filhos de Jacó, neto "do Pai Abraão". Cada um de seus 12 filhos teria dado origem a uma das tribos que constituíram o povo de Israel.  A cada uma destas foi dado o direito de cultivar a terra e criar animais, exceto à tribo de Levi (os levitas), que ficou responsável, primeiramente, pelos serviços de ornamentação do Tabernáculo; e, num segundo momento, pelos serviços religiosos do Templo de Israél. Desta forma, eram sustentados pelo trabalho das outras tribos, que separavam a décima parte que produziam e o ofertavam a Deus, para ajudar no sustento daqueles que eram responsáveis pelos serviços religiosos.
     É importante lembrar que, inicialmente, Israel era um estado "Teocrático"; ou seja, não tinha outro Rei ou outra autoridade além de Deus.  Sendo assim, o dizimo era o único "imposto" pago pelo povo.  Mais a diante, com a coroação do Rei Saul, passaram a existir três tipos de dízimo:  1. para a Subsistência dos Levitas;  2. para os servidores do Templo;  3. para a "Caridade", com o qual eram atendidos estrangeiros, viajantes, órfãos e viúvas.
       Hoje em dia, no Brasil, os impostos retidos pelo governo  atingem quase 50% da renda do cidadão.
    Diante disto, como uma Igreja séria, a  IECLB compreende que a contribuição do membro deve ser espontâneo, de acordo com o que nos exorta o Apóstolo Paulo: "cada um contribua segundo propôs no seu coração; não com tristeza, ou por necessidade;  porque Deus Ama ao que dá com alegria".
     A contribuição deve ser um gesto de gratidão e de comprometimento com o trabalho de edificação do Reino de Deus, uma vez que o próprio Cristo nos ordenou: "Ide, fazei discípulos de todas as nações...(Mt 28,19) isto, porém, só é possível se a Igreja tiver condições de trabalhar, pois como sabiamente nos ensinou o apóstolo Paulo:" Como (as pessoas) invocarão aquele em que não crerem? E como crerão naquele de quem nada ouviram?  E como ouvirão, se não há quem pregue?" (Rm 10,14). Assim é necessário que a Igreja Cristã tenha condições e recursos para fazer o Evangélio chegar a todas as pessoas...

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