domingo, 5 de maio de 2013

INÌCIO NA MATA VIRGEM (continuação)

              Continuação: Fundação de Porto Feliz de Arno Koelnn
     Aos poucos foi chegando nosso enchoval, o qual foi transportado de Neu-Wirttenberg até o Rio da Várzea por carroças e de lá com canoa até a sede Porto Feliz.  Os volumes maiores foram desempacotados.   Em primeiro lugar foram carregadas as peças menores pelo nosso cavalo, num selim de carga de construção própria, através da picada.  Foi preciso aguardar a conclusão de um caminho para que se pudesse transportar os utensílios maiores na carreta.  Isto aconteceu um ano depois. 
     Aos poucos a colônia foi se tornando mais familiar e quase a cada dia surgia algo de novo;  um pequeno galinheiro, uma horta e o parreiral de uvas.  A capoeira ao redor das casas ia desaparecendo e na primavera derrubamos o primeiro mato.  O progresso era conseguido com muito esforço, pois nossa experiência nesses trabalhos era limitada.
      Até a primeira colheita a comida era primitiva e escassa.  A carne que comíamos só era de aves que caçavamos, quais sejam papagaios ou, de vez em quando, um inambú. A farinha de trigo e o açucar eram escassos, mas em pouco tempo tínhamos nossa cana-de-açucar, e a farinha de milho era misturada com carás ou mandioca com o que tornava-se mais mole.
       Ainda recordo-me muito bem do sentimento agradável que tive, quando comíamos o primeiro milho verde da própria colheita..."   (fim depoimento de Paul Ramminger) Segue fundação de Porto Feliz.

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