Continuação:
dia 31 de Outubro dia da reforma
O
príncipe eleitor Frederico da Saxônia decidiu fazêlo desaparecer, como medida
de segurança. Luter permaneceria no
castelo de Wartburg de maio de 1521
a março de 1522.
Somente seus amigos muito íntimos sabiam a verdade sobre seu
desaparecimento. A grande obra de Luter
durante o tempo em que esteve confinado no castelo de Wartburg, consistiu em
tornar possível a todos os cristãos o acesso à palavra de Deus. Pouco a pouco todas as igrejas cristãs
reconhecerão a autoridade soberana da Sagrada Escritura e a darão a ler a seus
fieis.
Luter
não dexou, propositalmente, um sistema dogmático e ético. Segundo ele, o Deus
vivo não se deixa encerar em nenhum sistema; é senhor do céu e da Terra, com
liberdade total e possibilidade de ação ilimitado.
A
medida que rompia os liames que o ligavam à Igreja de Roma, Martin Luter se via
obrigado a organizar uma nova Igreja, e fé-lo entre os maiores perigos e
dificuldades, de modo que a instituição se ressentiu de não ter sido fundada em
paz e tranqüilidade. Por outro lado a
falta de unidade política da Alemanha impidiu a organização de uma Igreja
poderosa que podesse lutar pelo estabelecimento de uma nova ordem, tanto no
domínio espiritual quanto no temporal.
Martin
Luter observou que a Reforma representara um golpe para as antigas escolas e
que a supressão do dizimo e de outras rendas eclesiásticas causou a desaparição
de alguns convênios e capítulos encarregados de ensino. Era preciso, pois, que se criassem o mais
rapidamente possível novas escolas.
A
reforma, como se mostrou, é um resultado de três fatores principais: a
corrupção da Igreja, o espírito renascentista e o nacionalismo germânico A corrupção da Igreja, como se viu,
consistia na interiorização da exterioridade e em todas as conseqüências
decorrentes dessa perversão. A superstição a submissão cega à autoridade, a
crença nos milagres, a ambição do poder, a luxúria, o farisaísmo, a vulgaridade,
o tráfico das indulgências, quer dizer, o comércio daquilo que há de mais íntimo
e de mais profundo, a remissão dos pecados tornavam imperiosa a Reforma, que
inicialmente, Luterou queria dentro da própria Igreja, reclamando a covocação
dos concílios.
Em
um texto no qual revela sua humildade e sua profunda consciência cristã Luter
escreve:
“Peço
encarecidamente que não utilizem meu nome e não se chamem de luteranos, mas
cristãos.
No
entanto, assim como a Reforma se fez em grande parte à sua revelia, pois seu
propósito inicial não era romper com a Igreja mas regenerá-la, purifica-la, assim,
também, independentemente da sua vontade,
o adjetivo “luterano” passou a qualificar a Reforma de modo geral, bem
como as Igrejas cristãs, independentes de Roma, no que apresentam de mais
ortodoxo. (FIM)
Mondai
31 de Outubro de 2012 – Elimar Artur Bader
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