terça-feira, 30 de outubro de 2012




Continuação: dia 31 de Outubro dia da reforma
O príncipe eleitor Frederico da Saxônia decidiu fazêlo desaparecer, como medida de segurança.  Luter permaneceria no castelo de Wartburg de maio de 1521 a março de 1522.  Somente seus amigos muito íntimos sabiam a verdade sobre seu desaparecimento.  A grande obra de Luter durante o tempo em que esteve confinado no castelo de Wartburg, consistiu em tornar possível a todos os cristãos o acesso à palavra de Deus.  Pouco a pouco todas as igrejas cristãs reconhecerão a autoridade soberana da Sagrada Escritura e a darão a ler a seus fieis.
Luter não dexou, propositalmente, um sistema dogmático e ético. Segundo ele, o Deus vivo não se deixa encerar em nenhum sistema; é senhor do céu e da Terra, com liberdade total e possibilidade de ação ilimitado.
A medida que rompia os liames que o ligavam à Igreja de Roma, Martin Luter se via obrigado a organizar uma nova Igreja, e fé-lo entre os maiores perigos e dificuldades, de modo que a instituição se ressentiu de não ter sido fundada em paz e tranqüilidade.  Por outro lado a falta de unidade política da Alemanha impidiu a organização de uma Igreja poderosa que podesse lutar pelo estabelecimento de uma nova ordem, tanto no domínio espiritual quanto no temporal.
Martin Luter observou que a Reforma representara um golpe para as antigas escolas e que a supressão do dizimo e de outras rendas eclesiásticas causou a desaparição de alguns convênios e capítulos encarregados de ensino.  Era preciso, pois, que se criassem o mais rapidamente possível novas escolas.
A reforma, como se mostrou, é um resultado de três fatores principais: a corrupção da Igreja, o espírito renascentista e o nacionalismo germânico   A corrupção da Igreja, como se viu, consistia na interiorização da exterioridade e em todas as conseqüências decorrentes dessa perversão. A superstição a submissão cega à autoridade, a crença nos milagres, a ambição do poder, a luxúria, o farisaísmo, a vulgaridade, o tráfico das indulgências, quer dizer, o comércio daquilo que há de mais íntimo e de mais profundo, a remissão dos pecados tornavam imperiosa a Reforma, que inicialmente, Luterou queria dentro da própria Igreja, reclamando a covocação dos concílios.
Em um texto no qual revela sua humildade e sua profunda consciência cristã Luter escreve:
“Peço encarecidamente que não utilizem meu nome e não se chamem de luteranos, mas cristãos.
No entanto, assim como a Reforma se fez em grande parte à sua revelia, pois seu propósito inicial não era romper com a Igreja mas regenerá-la, purifica-la, assim, também, independentemente da sua vontade,  o adjetivo “luterano” passou a qualificar a Reforma de modo geral, bem como as Igrejas cristãs, independentes de Roma, no que apresentam de mais ortodoxo.     (FIM)
Mondai 31 de Outubro de 2012 – Elimar Artur Bader

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