Continuação; fundação Porto Feliz.
Mal esses se haviam retirado, os adversários do governo saíram dos seus esconderijos, cada vez mais atrevidos. Angelo Serafini, o negociante mais ameaçado, segui o meu conselho e transferiu parte do seu estoque de mercadorias para Porto Feliz. Como a situação se agravara, coube a mim, como inspetor de quarteirão, por ordem superior, guardar por seguidas noites a sua casa, com um pequeno grupo armado.
Até que numa certa manhã apareceu, na margem oposta do rio, uma tropa de uns cento e cinqüenta homens. Seu chefe trazia um lenço vermelho no pescoço, que mais parecia um avental, pois chegava até seus pés. Abriu fogo contra o balceiro e seu filho de quinze anos que estava numa canoa Ambos foram baleados, assim como também o pobre índio Brizido, que nunca fizera mal a ninguém. O sugeito de lenço vermelho já estava sob a mira da minha espingarda de três canos, quando Angelo impediu o revide. Realmente, seria loucura travar um combate com força muito superior às nossas. (continuação segue)
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