São as vezes do imaginário das pessoas, cada uma mostrando
uma posição, uma opinião... Afirmando... Admirando-se... Perguntando...
Vozes que constroem e sustentam o comportamento de cada um
de nós.
Vozes que conferem identidade a esse substativo, que em sí é
neutro, mas que pode assumir diversas conotações, sejam elas positivas ou
negativas, dependendo de como e de onde é olhado e discutido.
Pensemos um pouco na primeira voz que afirma:
Droga mata.
Essa expressão imperativa. Não deixa espaço para a dúvida,
para a outra possibilidade. MATA e ACABOU.
VOCÊS NÃO CONHECEM PESSOAS
QUE USAM DROGAS E ESTÃO VIVAS?
Continuar vivo ou morrer vai depender de inúmeros fatores como:
--tipo de droga usada;
--quantidade administrada;
--qualidade da droga;
--frequência do uso;
--características individuais;
--local onde se dá o uso;
--via de administração.
Assim, se acreditamos que existem todas estas possibilidades,
não podem afirmar categoricamente que sempre DROGA MATA.
( Continuação segue)
Ernani Vitor Utzig
CL. e Relator
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