domingo, 4 de agosto de 2013

MORTE DE FAULHABER

     Além dessa carga psicológica, atribularam-no as dificuldades financeiras da Empresa.  O professor Faulhaber, predestinado a servir à cultura, via-se forçado a dedicar-se a uma atividade essencialmente material que o obrigara a abandonar sua função pedagógica e cultural.
      Os trabalhos agrimensorais,  a construção de pontes e estradas, bem como o dispendioso transporte, exigiam enormes reservas monetárias, superando todas as previsões, até mesmo as disponibilidades dos sócios da Empresa.   Surgiu a necessidade de recorrer a financiamentos bancários e a empréstimos de terceiros.  O renome do Diretor Faulhaber fazia com que os empréstimos fossem facilmente concedidos.  Contudo, a responsabilidade e a carga moral tornavam-se cada vez maiores, levando-o ao desespero.   A inadiável construção da estrada do Prado e a conseqüente hipoteca dos pertences de cada sócio, agravavam ainda mais o prosseguimento da colonização.
       Devido à epidemia de tifo, as vendas de terra diminuíram muito em Porto Feliz.  Ao mesmo tempo a Companhia da  Estrada de ferro exigia pagamentos pontuais. As economicamente poderosas "multinacionais", a "São Paulo-Rio Grande Railway Company" eram sediadas em Paris, na França.  Essas empresas não tinham partcipação na construção da estrada do Prado, nem mesmo colaboraram para solucionar o problema criado pelo jagunço Vacariano, embora as terras dessas empresas tenham valorizado por meio da construção dessa estrada.
       Outrossim, graças ao esforço do Diretor Faulhaber, foram solucionados todos os problemas referente à questão de terras e, dessa forma, as duas multinacionais foram legalmente reconhecidas pelo Estado de Santa Catarina como proprietárias de vastas regiões.  Em conseqüência dessa medida, porém, o empreendimento colonizador passou a enfrentar dificuldades financeiras.  Esperava-se maior apoio por parte das multinacionais.
                                       (continuação segue)

Nenhum comentário:

Postar um comentário