quarta-feira, 6 de março de 2013

1924 - O ANO DA ESPERANÇA (continuação)

               (continuação fundação de Porto Feliz)
     Além dos experimentados timoeiros Veit e Sepp Porsch, oriundos da Baviéra, estiveram ao leme os colonos Ernesto Scherer e Humberto Koelln, os Biedermann, da Saxônia, Virgilino Gaudêncio, natural da Palmeira.   Carlos Gärtner, vindo de Neu-Wirttenberg, Willy Stobäus, oriundo da Prússia Oriental e Quilherme Sturzbecher, de Erval Seco, trabalhavam tambem como remadores.  Dia após dia, mês após mês eles estavam em atividade, sem levar em consideração o nível das águas.  Este trabalho não permitia descanso, nem mesmo aos domingos;  em conseqüência eles tinham suas mãos calejadas de tanto remar e, quando a correnteza era tão violenta que não era possivel vencêla com os remos, agarravam-se  nas vegetações da costa.   Tinham ombros machucados de acionar varas no fundo da correnteza, para conseguirem assim, de impulso em impulso, avançar e transpor os lugares mais difíceis.   Estes homens colocavam acima de tudo a segurança dos imigrantes a eles confiados.  Homens, mulheres e crianças que se encontravam agachados por entre as bagagens, de tal maneira que a canoa contava com apenas alguns centímetros de borda.   Muitas vezes os timoeiros viam-se obrigados a saltar nágua para desencalhar a embarcação, evitando assim o naufrágio.  Havia situações em que viam-se forçados a conduzir os passageiros á margem para pernoitarem nas matas antes que a escuridão irrompesse.   Não ocorreu nenhum naufrágio, todos sobre viveram a aventura!
     O galpão dos imigrantes tornara-se pequeno, surgindo diversas barracas que acolhiam os recem chegados, quando, sob a chefia do mestre Eberhard, construía-se a nova e espaçosa "Casa do Imigrante".   (continuação segue) 
 

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