(Continuação Fundação de Porto Feliz Arno Koelln)
Passado uma semana, o coronel Maia, tendo sobre seu comando algumas centenas de homens, ocupou Porto Feliz, estabelecendo seu quartel general na nova casa de imigrantes. Aí ordenou o desarmamento da população e a requisição de todos os meios de transporte. Com essas medidas a alimentação da Colônia se tornou ainda mais crítica.
Por semanas inteiras faltavam sal e banha e as familias viam-se desprovidas de farinha, açucar e café. Moças e velhos caçavam aves, quase sempre com fundas, pois era proibido o uso de armas de fogo, e começaram a alimentar-se do mato, procurando palmitos e frutas de gaimbé que assaram no fogo.
Em sua carta de 17 de fevereiro de 1925 Brüggemann escreveu ao diretor Faulhaber: "Os preços dos gêneros de primeira necessidade alcançaram preços absurdos, razão pela qual a maioria dos trabalhadores deixa Porto Feliz. os agrimensores querem desistir do seu trabalho, pois com o salário que recebem não podem manter-se. A população passou a preocupar-se, pensando em migrar para outra localidade. Além do mais, há doenças. Mais de 50% da população está atacada pela gripe; ontem faleceu um jovem, chamado João Hoffmann, de Neu-Württenberg, e há alguns dias foi sepultada a filha do negociante Conde Chaves, de vinte anos. Minha mulher está bem melhor de saúde, mas em compensação nossa empregada, Maria Gundlach, está acamada desde ontem. (continuação segue)
Nenhum comentário:
Postar um comentário