domingo, 17 de março de 2013

A COLUNA PRESTES

         Continuação fundação Porto Feliz (Escrit. Arno Koelln)
     A passagem das tropas pelo rio (ao todo mil e quinhentos homens e quarenta mulheres, com mais de mil cavalos) durou três dias e três noites.  Sentinelas no porto orientavam pedestres e cavaleiros para a Picada do Barracão, na foz do Rio das Antas.
     Na planíce,  perto da "Maromba", na foz do ribeirão Lajú, foi levantado um grande acampamento; uma parte das tropas acampara na própria sede, sendo que os oficiais se hospedaram em casas particulares.
     o comportamento das tropas para com a população, eram honestos, não deixando dívidas a ninguém, apenas a retaguarda, sob o comando do coronel Siqueira Campos, e composta quase que exclusivamente por gente desclassificadas, fez uma exceção.  Antes de sua retirada, entraram de noite no depósito da Empresa onde havia caixas com objetos dos imigrantes, de onde levaram o que lhes pareceu de algum valor.
     Prestes pretendia afundar o barco a motor para que as tropas do governo que vinham em sua persiguição tivesse dificultada sua travessia pelo Uruguai, ganhando com isso distância das forças legais.  As sugestôes de Brüggeman, entretanto, de que eles levassem apenas o magneto do motor, prevaleceram.  Um rapaz de Porto Feliz, Willi Tesch, que servia no exército em Santo Angelo, seguiu, de livre e espontânea vontade, com as tropas de Prestes, para trazer de volta a impresendível peça do motor.   E, de fato, foi bem sucedido.  Depois de algumas semanas apareceu trazendo o magneto.
     Deparoui-se com a situação de Porto Feliz que já apresentava sinais visíveis de preocupação e miséria. (continuação segue)

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