Continuação Fundação de Porto Feliz (Arno Koelnn)
Quando a retaguarda do exército de Prestes deixara Porto Feliz na noite de 1 a 2 de fevereiro de 1925, a nascente colônia parecia ter escapado sem grandes prejuízos. Porém os colonos tiveram que compartilhar os produtos de sua perimeira colheita com os revolucionários famintos e as provições tinham sido consumidadas. Com exceção de cinqüenta sacas de arroz e vinte sacas de sal que foram escondidos nos matos mais próximos, assim como os bois que a Empresa utilizara na serraria, além dos animais de sela. Os cinqüenta bois que haviam sido levados à invernada situada na embocadura do Rio das Antas, e que serviriam de base para o desenvolvimento da futura "Madeireira" Prestes se havia apoderado para abastecer a sua tropa na sua marcha para o Norte.
Os colonos, contentes em poder retomar seu trabalho perturbado pelos revolucionários, ainda não souberam que em breve eles mesmos seriam considerados rebeldes e que triste porvir um cruel destino lhes tinha reservado.
Quando Frederico Kloschewski seguiu para Cascalho com a finalidade de levar informações ao coronel José Maia, comandante do Corpo Provisório Bormann, foi recebido friamente. O Coronel havia se ofendido porque o chefe da guarda local não impediu a passagem dos revolucionarios pelo Rio Uruguai. Além disso, um denunciante espalhara a falsa notícia segundo a qual Porto Feliz recebera o capitão Prestes e seus oficiais com grupos de moças e flores e que em sua homenagem fora oferecido um grande banquete.
Kloscheswki foi imediatamente exonerado de seu cargo e ele e Brüggeman deveriam, justificar-se perante o Alto Comando do Exército em Curitiba, chefiado na época pelo general Rondom.
(continuação segue)
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