(Continuação Fundação de Porto Feliz.-) Arno Koelln
O aspecto da localidade alterava-se dia após dia. Surgia a vida na solidão do vale do Capivara, ouvindo-se as machadadas que ecoavam derrubando gigantescas ávores que dariam lugar a casas, hortas e estradas. Operários dos mais diversos setores davam início à sua atividade. A serraria, mesmo trabalhando dia e noite, não conseguia atender a todos os pedidos, tornava-se necessário trazer madeira de construção de Nonoai, por via fluvial. Também o armazém da Empresa não conseguia suprir a grande demanda de mantimentos. Como conseqüência foi fundada a primeira casa comercial pela familia Glufke, seguindo-se outras. Junto à serraria, Bernhard Maas abriu sua fábrica de tijolos e telhas; previa-se no vale do Pirapocu a construção de uma fábrica de açucar; de Santa Maria chegavam grandes quantidades de árvores frutíferas: Eduardo Gustavo Fetter organizava a primeira granja em Porto Feliz.
Com a excluçsão do antagonista Vacariano, os sócios da Empresa Colonizadora viram concretizados seus planos de construir uma industria de madeira amplamente instalada. A venda de terras ultrapassava as expectativas, de tal maneira que os numerosos agrimensores não atendiam às necessidades, pois em poucos meses foram vendidos quinhentos lotes coloniais com aproximadamente vinte e cinco hectares cada um. Não se tem notícias de nenhum outro empreendimento de colonização que, em tão pouco tempo, apresetasse tal sucesso.
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