quinta-feira, 7 de março de 2013

1924 - O ANO DA ESPERANÇA

            (Continuação Fundação de Porto Feliz.-)  Arno Koelln
     O aspecto da localidade alterava-se  dia após dia.  Surgia a vida na solidão do vale do Capivara, ouvindo-se as machadadas que ecoavam derrubando gigantescas ávores que dariam lugar a casas, hortas e estradas.  Operários  dos mais diversos setores davam início à sua atividade.  A serraria, mesmo trabalhando dia e noite, não conseguia atender a todos os pedidos, tornava-se necessário trazer madeira de construção de Nonoai, por via fluvial.   Também o armazém da Empresa não conseguia suprir a grande demanda de mantimentos.  Como conseqüência foi fundada a primeira casa comercial pela familia Glufke, seguindo-se outras.   Junto à serraria, Bernhard Maas abriu sua fábrica de tijolos e telhas; previa-se no vale do Pirapocu a construção de uma fábrica de açucar;  de Santa Maria chegavam grandes quantidades de árvores frutíferas:  Eduardo Gustavo Fetter organizava a primeira granja em Porto Feliz.
     Com a excluçsão do antagonista Vacariano, os sócios da Empresa Colonizadora viram concretizados seus planos de construir uma industria de madeira amplamente instalada.   A venda de terras ultrapassava as expectativas, de tal maneira que os numerosos agrimensores não atendiam às necessidades, pois em poucos meses foram vendidos quinhentos lotes coloniais com aproximadamente vinte e cinco hectares cada um.  Não se tem notícias de nenhum outro empreendimento de colonização que, em tão pouco tempo, apresetasse tal sucesso.

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