quarta-feira, 6 de fevereiro de 2013

CAVALEIROS DESTEMIDOS (continuação)

     Fundação de Borto Feliz (continuação - Arno Koelln)
     Brüggeman, com trinta e três anos de idade, e Mayntzusen, com vinte e cinco, montaram em seus cavalos e passaram para o outro lado do Rio Uruguai, sumindo na picada do Prado e só reaparecendo na casa de Antônio Zanata. Este pôs as mãos à cabeça: "ir de encontro aos maragatos? isso é loucura! Vocês estão arriscando suas vidas."
     Os dois, porém, não se deixaram desviar do seu intento, prosseguindo viagem.  Nas proximidades já andavam os sentinelas dos revolucionários.  Os dois cavaleiros foram presos e conduzidos a um quartel-general, num matinho próximo. O comandante, tratado por coronel e que parecia muito consciente de sua dignidade, passou a interrogá-los.  Para ele a situação estava evidente desde o início: já que são dois homens razoavelmente vestidos e montados a cavalo, trata-se de dois inimigos, ou seja, chimangos, que lhe haviam caído nas mãos.  Entretanto os pioneiros retrucaram-lhe que nada queriam saber de política e de revolução, que apenas estavam a caminho de Neu-Wüttenberg, a fim de buscar alimentos para os trabalhadores, suas mulheres e crianças que se encontravam na nova colonização, do outro lado do Uruguaí.  Pediram-lhe que lhes deixasse livre passagem para que pudessem trazer uma carroça cheia de mantimentos. O Coronel sorriu, acenando negativamente.
    (continuação segue)

 

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