sábado, 2 de fevereiro de 2013

DECEPÇÕES E PREOCUPAÇÕES (continuação)

         Continuação: Fundação de Porto Feliz.
        Como se não bastassem as preocupações com Palmeira e os revolucionários, o desentendimento por causa do direito de posse das terras da região de Chapecó tomava formas cada vez mais perigosas, principalmente após o aparecimento da "Empresa Colonizadora Oeste Ltda".
      A Companhia Ferroviária confiava no julgamento da justiça federal no Rio de Janeiro, mas a "Oeste" tinha o Estado a seu lado, obtendo em Florianópolis o embargo dos trabalhos da "Chapecó-Peperi Ltda." , na região do Rio das Antas.
      Cartas e telegramas de conteúdo contraditórios, vindos de Curitiba, Rio e Florianópolis, amontoavam-se sobre a mesa do diretor e precisavam ser respondidas.  Nas conferências dos sócios pairava a assustadora interrogação: "podemos continuar com a colonização nestas condições?"
      Dr. Azambuja, o advogado e sócio da Empresa, aconselhou abandonar o empreendimento e exigir da Companhia Ferroviária uma alta soma de indenização.
      Faulhaber escreveu numa carta: "devido à confiança em mim depositada, colonos de Neu-Wittenberg aceitaram terras em Porto Feliz, abriram roças e muitos já iniciaram com a construção da casa, preparando-se para levarem suas familias.  A fortuna prometida pelo Dr. Azambuja para cobrir o prejuíso sofrido, não me indeniza da desagradável situação em que me encontro como colonizador e que me oprime diariamente e a toda hora.  Mas, apesar disso, continuarei dirigindo a Empresa enquanto meus nervos o permitam."    (continuação segue) 

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