Continuação: Fundação de Porto Feliz.
Como se não bastassem as preocupações com Palmeira e os revolucionários, o desentendimento por causa do direito de posse das terras da região de Chapecó tomava formas cada vez mais perigosas, principalmente após o aparecimento da "Empresa Colonizadora Oeste Ltda".
A Companhia Ferroviária confiava no julgamento da justiça federal no Rio de Janeiro, mas a "Oeste" tinha o Estado a seu lado, obtendo em Florianópolis o embargo dos trabalhos da "Chapecó-Peperi Ltda." , na região do Rio das Antas.
Cartas e telegramas de conteúdo contraditórios, vindos de Curitiba, Rio e Florianópolis, amontoavam-se sobre a mesa do diretor e precisavam ser respondidas. Nas conferências dos sócios pairava a assustadora interrogação: "podemos continuar com a colonização nestas condições?"
Dr. Azambuja, o advogado e sócio da Empresa, aconselhou abandonar o empreendimento e exigir da Companhia Ferroviária uma alta soma de indenização.
Faulhaber escreveu numa carta: "devido à confiança em mim depositada, colonos de Neu-Wittenberg aceitaram terras em Porto Feliz, abriram roças e muitos já iniciaram com a construção da casa, preparando-se para levarem suas familias. A fortuna prometida pelo Dr. Azambuja para cobrir o prejuíso sofrido, não me indeniza da desagradável situação em que me encontro como colonizador e que me oprime diariamente e a toda hora. Mas, apesar disso, continuarei dirigindo a Empresa enquanto meus nervos o permitam." (continuação segue)
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