segunda-feira, 11 de fevereiro de 2013

...E A ODISSÈIA DO BARCO A MOTOR "OTTO"

Continuação Fundação Porto Felis escrita por Arno Koelln - Mondai
     Há pouco tempo, fora construído, em Carazinho, um barco a motor.  Um técnico de Porto Alegre construíra o barco a pedido da Empresa de Colonização.  O barco, de dois metros de largura por nove de comprimento e equipado com um motor de marca "Otto" de vinte e cinco HP, seria empregado no transporte de passageiros e de carga entre Porto Feliz e o Rio da Varzea, tão logo a situação política voltasse a tranqüilizar-se.
     Na casa do Diretor, em Neu Würtenberg, a luz permanecia acesa até altas horas da madrugada.  Porto Feliz estava ameaçado pela fome.   Devia-se tomar atitudes imediatas.
     Faulhaber ponderava: "Hà uma possibilidadse: a de que o barco "Otto" seja posto a serviço, para romper o bloqueio.  Seria necessário contornar a zona acupada pelos revoltosos, carregá-lo com gêneros de primeira necessidade e descer o Rio Uruguai.  Querem arriscar?"
     Brüggemann e Mayntzusen estavam preparados. Só que era preciso agir sem perda de tempo.  Haviam deixado Porto Feliz já há duas semanas.
     As compras, em Carazinho foram feitas às pressas.  Mas inicialmente a ferrovia não dispunha de vagão que transportasse o barco até a estação de Barro.  Tudo era incrivelmente difícil e exigia tempo.  E as preocupações com a situação de Porto Feliz desgastava os nervos dos envolvidos.
     Finalmente, depois de mais de duas semanas, seguiram viagem para Barro.  Foram acompanhados pelo prático Jacob Schüler, detido em Neu Würtemberg devido à revolução, e pelo colono João Wermann que queria a qualquer custo retornar as suas terras em Porto Feliz. (Continuação segue)

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